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Eles também são assediados em transportes coletivos lotados.


"Oprimidos pela sua própria sorte, acreditam que é mais fácil assediar do que encantar e conquistar".

     Não é de hoje que relatos sobre assédio sexual em transportes públicos são destaques nos noticiários de todo o mundo. Quem não conhece alguém que já passou por isso algum dia na vida, quase todos nós conhecemos alguém, já ouvimos histórias ou até mesmo já protagonizamos cenas desse tipo em determinados momentos em nossas vidas.

   Geralmente o público alvo das mentes perversas são mulheres, mas vem acontecendo com garotos jovens homossexuais, o perfil dos praticantes de abusos são homens, acima dos seus 28 anos de idade, na sua maioria são "feios", eles se sentam ao lado da vítima como quem não quer nada, e começam a passar a perna, depois esfregando o braço, dando aquelas famosas cutucadas nada ingênuas, ou ainda aquelas indiscretas encoxadas, e quando as vítimas se dão conta, os abusadores já estão se tocando, isso é desconfortante, quando se é mulher é só gritar, e terá um batalhão para protege-la, mas quando a vítima não é mulher, é mais fácil levantar-se como se nada houvesse acontecido, pois ainda corre o risco de todos ficarem contra devido a orientação sexual da vítima. Para Marcelo Dias (25) "É uma tremenda falta de respeito, é vergonhoso e medonho, precisamos nos respeitar, e para evitar esse tipo de constrangimento eu evito ao máximo entrar em ônibus lotado ou trem, no metrô é mais suave, mas mesmo assim eu evito, e quando não posso evitar sempre fico naquela parte onde tem poucas pessoas", disse o publicitário.



Ainda não se tem dados oficiais revelando quantas pessoas do sexo masculino sofreram assédios por homens na busca de realizar seus desejos, para sanar minhas dúvidas, fui à Avenida Paulista, aqui mesmo em São Paulo, entrevistei 10 jovens homossexuais do sexo masculino, de idades entre 18 e 25 anos, 6 deles já passaram por situações semelhantes, no metrô, no trem e nos ônibus municipais e intermunicipais, esses dados são relativamente altos, uma vez que 6 dos entrevistados responderam que já passaram mais de uma vez por assédios sexuais em transportes públicos, sendo que todos os entrevistados passaram por situações parecidas e também já presenciaram algum ato "suspeito" dentro dos coletivos.

Levando em consideração que cada caso é um caso, e cada caso tem sua história, para entender melhor como funciona a mente e as motivações desses "fetichistas" conversei com o psicólogo do Hospital São Paulo, Fernando De Oliveira Rosa (27), "Não dá para generalizar motivações comportamentais, tem várias coisas em jogo. Submeter o outro ao seu desejo, causar constrangimento, exibição pública, transgredir o socialmente proibido. Todas essas coisas têm um pouco a ver com isso. Tudo está relacionado à necessidade de satisfação, de prazer através da derrubada de limites sociais, beirando um certo tipo de sadismo. Em relação aos homossexuais serem mais vítimas desse tipo de assédio tem a ver com a construção da ideia distorcida de uma hipersexualidade e promiscuidade que paira sobre esse grupo, ou seja, o pensamento é 'vou roçar no cara por que ele não vai reclamar e ainda vai curtir'".

Por: Allan Detlev

Comentários

  1. essa é a realidade que muitos escondem, e toda forma de abuso é crime! materia super bacana

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  2. Olá boa tarde olha e isso está a cada dia pior, amigo gostei muito do seu blog só achei falta de algumas gadgets curtir do facebook, e a do seguidores? assim que colocar me avise desejo muito sucesso para você e seu blog beijos da Ju http://www.cantinhojutavares.com

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  3. Oi Jú!
    Fico muito feliz que tenha gostado, assim que eu tiver tempo vou colocar as coisas em ordem por aqui, mim divido entre o trabalho e a faculdade, ai fica meio complicado. Beijos

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  4. Independe de ser homem ou mulher o assedio sexual deve ser denunciado na hora do ato ou depois do ato pois não somos obrigados a alimentar os desejos as fantasias ou as pervesoes de indivíduos que são conscientes do seus atos e fazem disso um comportamento normal roubando daquele que está sendo assediado o direito pelo seu templo que é o seu corpo de invadir e roubar a paz do outro . Isso não é normal e deve ser tratado com justiça e psiquiatria .

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